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Comparativo de 1991: Parati GLS e Ipanema SL/E em uma disputa entre a esportividade da Volkswagen e o conforto da Chevrolet – AUTO ESPORTE

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      Ipanema SL/E x Parati GLS (Foto: José Wittner/Autoesporte)

      No confronto da Ipanema SL/E com a Parati GLS, duas peruas que concorrem na mesma faixa de mercado e detêm características muito semelhantes, o consumidor pode escolher entre um veículo de comportamento mais esportivo, o que identifica a Parati, ou se prefere mais conforto, que é o retrato da Ipanema.

      As semelhanças de Ipanema e Parati, porém, vão além das suas próprias virtudes. As duas têm pelo menos um defeito em comum: somente são oferecidas em versões de duas portas. O que é contraditório para veículos indicados para famílias, à medida que sua versatilidade ainda não está explorada ao máximo, como já acontece com a Elba e a Quantum.

      Isso, porém, não afeta o segmento de peruas, que é um dos mais apreciados pelo consumidor brasileiro. Elas podem ser utilizadas como carros normais e, quando necessário, oferecem grande espaço para a bagagem. No caso desse comparativo, a Parati é um dos veículos mais valorizados de nosso mercado e de popularidade consagrada, enquanto a Ipanema é mais nova.

      Ipanema SL/E x Parati GLS (Foto: José Wittner/Autoesporte)

      A Ipanema, sem dúvida, possui linhas modernas, que acompanham a tendência mundial. Mas, no conjunto, a Parati agrada mais, graças à ligeira reestilização da linha 91. O maior destaque visual está na parte traseira, muito reta na Ipanema – o que prejudica o conjunto – e inclinada na Parati – o que lhe garante aspecto mais jovem e esportivo.

      Internamente a vantagem favorece levemente a perua produzida pela General Motors, que dispõe de regulagem de altura para o volante e forração pré-moldada para o teto. Em função de seu projeto mais moderno, e da posição transversal do motor, o espaço disponível para as pessoas é maior, favorecendo o conforto. Nas duas peruas o banco traseiro pode ser rebatido meio a meio, o que faz crescer as possibilidades de variações para o transporte de carga/número de passageiros.

      Ipanema SL/E x Parati GLS (Foto: José Wittner/Autoesporte)

      Também nesse item a vantagem é da Ipanema, inclusive em relação ao volume de carga quando os bancos estão em posição normal. De acordo com a General Motors, pode transportar 791 litros até o teto, contra 780 da Parati por causa do estepe colocado na posição vertical. 

      No caso da perua da Volkswagen, e especificamente da versão GLS, para ocupar totalmente o espaço destinado à bagagem é necessário retirar a cobertura do porta-malas. Além disso as abas laterais que a sustentam também roubam um pouco da sua capacidade de 780 litros – que cai para 530 litros com a cobertura instalada. Mas, quando o banco traseiro está todo rebaixado, a vantagem é da Parati: 1.540 litros contra 1.520.

      Se a Parati GLS dispõe da cobertura de porta-malas, que é muito útil para não deixar objetos à vista, a Ipanema SL/E oferece um equipamento muito útil quando trafega com carga: a regulagem da altura da suspensão traseira. A operação é muito simples, por meio do enchimento de ar comprimido num bico igual ao dos pneus, que fica no próprio compartimento de bagagem.

      Ipanema SL/E x Parati GLS (Foto: José Wittner/Autoesporte)

      Assim, mesmo com carga máxima, a Ipanema mantém sua altura normal, melhorando a dirigibilidade e, principalmente, diminuindo os riscos de se bater com a parte inferior traseira em buracos ou valetas.

      Mecanicamente as duas peruas são muito parecidas. Têm motor de 1.800 cm3, câmbio de cinco marchas, o mesmo tipo de suspensão e algumas diferenças. É o caso da possibilidade de colocação da direção servo-assistida na Ipanema, um equipamento que a torna particularmente mais confortável de dirigir, principalmente em manobras.

      Já na Parati esse equipamento não é disponível: apesar de seu peso total menor, tem direção muito pesada com o carro parado.

      Ipanema SL/E x Parati GLS (Foto: José Wittner/Autoesporte)

      Mas o melhor desempenho pertence à Parati. Mais leve, com uma relação de marchas mais curta e seu motor AP 1 800S, ela foi superior à Ipanema em todas as situações, como aceleração, retomadas e velocidade máxima (confira os resultados), o que a torna bem mais agradável de dirigir. Além de eventualmente oferecer mais segurança nas ultrapassagens.
      Superior em desempenho, a Parati mostrou-se igualmente à frente da Ipanema no que diz respeito ao consumo.

      Em cidade, no percurso-padrão adotado por Autoesporte, a Parati chegou a fazer 10,26 km/l de gasolina contra 9,06 km/l da Ipanema. A vantagem, não compensada pelo melhor perfil aerodinâmico da Ipanema, foi repetida no circuito-padrão de estrada, percorrido em velocidades que variam dos 80 aos 100 km/h reais, as máximas permitidas por lei.

      Ali a perua da Volkswagen fez 14,31 km/l contra 13,90 km/l da Ipanema. A explicação para esses resultados está no peso total de cada um dos veículos, menor na Parati, e nas suas relações de câmbio e diferencial mais curtas, que exigem menor número de trocas de marchas principalmente na cidade.

      Ipanema SL/E x Parati GLS (Foto: José Wittner/Autoesporte)

      É no conforto e na dirigibilidade que a Ipanema soma pontos preciosos. A correlação maciez de suspensão/estabilidade é melhor, mesmo quando prioriza abertamente o conforto. A Parati tem suspensão mais rígida, que, se pode desagradar a alguns consumidores, na verdade acaba transmitindo maior segurança a quem dirige.

      Em curvas, o comportamento de Ipanema SL/E e Parati GLS é equivalente. As duas peruas mostram reações bastante semelhantes, quase neutras, como convém a veículos de utilização basicamente familiar. Nas duas, a tendência de escapar um pouco de traseira – situação que requer do motorista certa habilidade para a correção – somente ocorre quando estão na configuração de carga total e dirigidas no seu limite de aderência.

      Com tantas virtudes, Ipanema e Parati tornam-se a opção do consumidor quase que em função do seu gosto pessoal. Ou, então, pela oferta, por parte do fabricante, de itens opcionais – e nesse caso a General Motors pode desequilibrar o comparativo a favor da Ipanema, que dispõe de direção hidráulica, volante e suspensão reguláveis.

      RESULTADOS

      Ipanema – Parati

      Consumo
      Cidade: 9,05 km/l – 10,26 km/l
      Estrada: 13,90 km/l –14,31 km/l

      Aceleração
      0 – 80 km/h  –  8,09 s – 7,66 s
      0 – 100 km/h – 12,39 s – 11,29 s
      0 – 120 km/h  –17,89 s – 16,23 s
      0 – 400 m –18,55 s  – 18,06 s
      0 – 1000 m  – 34,51 s – 33,53 s

      Retomada de velocidade
      3ª. marcha
      40 – 80 km/h  – 8,03 s –  6,55 s
      4ª. marcha
      40 – 80 km/h – 13,75 s – 9,52 s
      60 – 100 km/h – 13,06 s – 9,01 s
      80 – 120 km/h – 14,10 s  10,37 s
      5ª. marcha
      60 – 100 km/h – 19,18 s – 11,72 s
      80 – 120 km/h  – 21,71 s – 13,14 s

      Velocidade máxima
      Média de 4 passagens – 168,700 km/h – 171,400 km/h
      Melhor passagem – 170,500 km/h –172,400 km/h

      Espaços de frenagem
        
      60 km/h – 16,90 m – 16,85 m
      80 km/h – 29,85 m – 33,10 m
      100 km/h –  48,75 m – 49,85 m



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