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O primeiro Gol a contar com motor arrefecido a água foi o Gol GT, lançado em 1984. Lançar o novo motor em uma versão esportiva foi uma boa forma de mostrar que, apesar de ser equipado com o antigo boxer da Volkswagen, o Gol tinha potencial para ser muito mais que aquele candidato a sucessor do Fusca. O motor de 1,8 litro com dois carburadores entregava 99 cv a 5.600 rpm (oficialmente, pois na prática eram mais de 100 cv) e 14,9 mkgf de torque já a 3.600 rpm.
O nosso Achado Meio Perdido de hoje é exatamente um Gol GT, porém um exemplar de 1986. Agora, esqueça a ficha técnica do original: o carro, que está aos cuidados de João Garcia, de Santo André/SP, está anunciado no GT40.com.br, é um belo sleeper.
Isto porque, fora as rodas Snowflake de 15 polegadas, calçadas com pneus Pirelli de medidas 195/50, o visual do carro é praticamente original, e ninguém suspeita que debaixo de seu capô mora um motor 1.8 turbo forjado bem mais forte.
O motor AP de 1,8 litro recebeu uma bela seleção de componentes: um turbocompressor Holset HX40, operando com pressão máxima de 1,2 bar; intercooler feito sob medida pela Binho Escapamentos; bielas forjadas Super A; pistões AFP e virabrequim 0,25, tudo coberto por um cabeçote do motor AP 2.0 – este, preparado com um comando de válvulas mais agressivo e novas molas.
A válvula wastegate é uma Macktech MT400. Já o sistema de alimentação original foi substituído por uma injeção Fueltech Race Pro 1FI, com bicos retrabalhados. A sonda é uma Bosch 4.2, as mangueiras de combustível são todas de aço inox e os dois filtros são laváveis, com flautas divisoras. As mangueiras de água são de silicone. O coletor de admissão é da German Race Cars, enquanto o sistema de escape é da Giba Escapes, com tubulação de 2,5 polegadas.
A suspensão foi preparada e ficou alguns centímetros mais baixa, mas nada muito radical. E também há muita coisa original no carro: faróis, lanternas e setas; vidros; spoiler dianteiro, para-choques e faróis auxiliares. Por dentro, a mesma coisa: todos os revestimentos e acabamento estão no lugar, em ordem e em muito bom estado de conservação; assim como carpetes, revestimentos das portas e dos bancos. Os acessórios opcionais da versão, como vidros elétricos, desembaçador traseiro e a luz indicadora de troca de marcha (shift light) original de fábrica, funcionam perfeitamente.
De acordo com João, tudo no carro está em ordem e, na verdade, o motor não rodou mais que 1.000 km desde que foi montado e preparado. Tudo está lacrado, e o GT nunca sofreu qualquer acidente ou avaria. O carro fica guardado sob duas capas e só é utilizado aos fins de semana – e, segundo o dono, os cerca de 93.000 km rodados marcados no hodômetro são reais. E caso você prefira algo ainda mais discreto, todos os componentes originais estão guardados e acompanham o carro, incluindo as rodas originais de 14 polegadas com o mesmo desenho.
Se você se interessou, já sabe o que fazer: é só clicar aqui para conferir o anúncio no GT40.com.br e pegar todos os detalhes e contatos do dono.
“Achados Meio Perdidos” é o quadro do FlatOut! no qual selecionamos e comentamos anúncios do GT40.com.br de carros interessantes ao público gearhead, como veículos antigos, preparados, exclusivos e excêntricos. Não se trata de publieditorial. Não nos responsabilizamos pelas informações publicadas nos anúncios nem pelas negociações decorrentes – todos os detalhes devem ser apurados atenciosamente com o anunciante!
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