- Este tópico contém 1 resposta, 2 vozes e foi atualizado pela última vez 5 anos, 5 meses atrás por
.
-
Posts
-
Em meio à aposentadoria de Focus e Fiesta e o fechamento da fábrica de caminhões de São Bernardo do Campo (SP), a Ford celebra os 100 anos de Brasil com o lançamento de uma série especial de Ecosport e Ka, seus dois principais produtos no mercado nacional.
Essa é sua matéria grátis do dia. Assine agora e tenha acesso ilimitado.R$ 0,99 no 1º mêsA dupla já está disponível no site oficial da marca ao preço de R$ 65.990 na opção Ka 100 anos – limitada a 1.000 unidades – e R$ 89.990 na Ecosport 100 anos – a 500 unidades.
O motor é mesmo 1.5 Dragon de três cilindros, associado à transmissão automática de seis marchas, com ligeira diferença no desempenho. No hatch rende até 136 cv (etanol), enquanto que no utilitário, 137 cv, ambos entregando 16,1 kgfm de torque máximo.
Foto: Ford/ Divulgação A série especial se diferencia do restante da linha pelo teto e colunas pintadas de preto, bancos com revestimento premium e o emblema prateado nas laterais, trazendo um desenho estilizado da bandeira do Brasil e o numeral 100. O encosto de cabeça também vem com a identificação da série.
Há ainda rodas de liga leve (aro 15 no Ka, aro 16 no Eco) com acabamento escurecido, além da grade dianteira e a capa dos retrovisores em preto. A carroceria de ambos exibem a cor azul Belize.
Foto: Ford/ Divulgação Desde a sua primeira geração o Ka já teve algumas versões especiais no Brasil, como Action, Techno e Sport. Mas esta é a primeira criada a partir do atual modelo global.
Já o Ecosport só teve uma, a FreeStyle, que depois foi incorporada à linha e acaba de ser renovada.
>> Ka Freestyle 1.0 chega para baixar preço e bombar vendas da linha aventureira
Foto: Ford/ Divulgação Ka 100 anos
R$ 65.990
- Direção elétrica; ar-condicionado; banco do motorista com ajuste de altura; central multimídia Sync 2.5 com tela de 7 polegadas, comandos de voz, conexão Bluetooth, USB e conectividade com Apple CarPlay, Android Auto e Waze; faróis de neblina, Isofix; piloto automático, retrovisores elétricos; volante multifuncional com ajuste de altura; abertura elétrica do porta-malas; rodas de liga aro 15 com acabamento escurecido; e travas e vidros elétricos.
EcoSport 100 anos
R$ 89.990
+ faróis com luzes de rodagem diurna; câmera de ré; tela multifuncional de 4,2” no painel de instrumentos; controle de estabilidade e de tração; assistente de partida em rampa; e sistema anticapotamento.
Aposta na rentabilidade
A Ford chegou oficialmente ao Brasil em 1919, sendo a primeira grande fabricante de veículos a se instalar no país, que ainda engatinhava no uso do automóvel.
Os modelos vinham em pedaços dos EUA e as peças eram encaixadas pelo operários, daí o termo ‘montadora’. As operações em São Paulo tiveram início em 24 de abril.
No ano do seu centenário, a Ford não tem clima para comemorações. Devido a uma estratégia global de saneamento financeiro, a marca se viu obrigada a encerrar as atividades da fábrica de São Bernardo do Campo (SP), abrindo mão de produzir e vender caminhões na América do Sul.
Também começa a refazer a linha de produtos com foco na rentabilidade. Isso significa apostar em utilitários esportivos e picapes, valorizando melhor o EcoSport e trazendo novos produtos como o Escape e o Territory.
Também atualizará a picape Ranger, que, por meio de uma parceria global com a Volkswagen, dará origem à nova geração da Amarok. É claro que o hatch compacto Ka e a sua variante sedã continuarão como a porta de entrada da marca e os responsáveis por gerar volume de mercado.
Aliás, a Ford conta os dias para estrear seus novos produtos e assim equilibrar o portfólio que está bem enxuto. Ele é formado por apenas seis modelos: Ka, EcoSport, Fusion, Ranger, Edge e Mustang. As líderes Chevrolet e Volkswagen têm 13 modelos na gama cada uma, a Fiat tem 10 e a Renault, 9.
>> Vida curta: 10 carros que deram adeus cedo demais ao mercado
A oferta reduzida impactou nas vendas da Ford, que perdeu para a Renault o posto de quarta força no Brasil em vendas e já começa a ser ameaçada por Toyota e Hyundai, ambas ficaram à frente da Ford no volume de emplacamentos no mês de maio, segundo dados da Fenebrave – associação que reúne as concessionárias do país.
Para apertar ainda mais o cinto no Brasil, a fábrica de Camaçari (BA) abriu em fevereiro, com fechamento em abril, o programa de demissão voluntária após identificar um excedente de cerca de 700 trabalhadores.
A Ford informou à época que a planta empregava 7,4 mil funcionários diretos e indiretos, atuando em três turnos. Na unidade são produzidos o Ka e o Ecosport, inclusive as séries especiais que marcarão os 100 anos da empresa, além de motores.
>> Como é a pontuação da CNH em outros países; restrição diminui infrações e mortes
Fatos que marcaram a Ford no Brasil
1919 – A diretoria da Ford Motor Company aprova a criação da filial brasileira, no início com 12 funcionários, no centro de São Paulo. O modelo T e o caminhão TT são montados com peças importadas dos EUA. No primeiro ano foram vendidos 2.447 automóveis.
1924 – As vendas do Modelo TT registram 24.250 unidades, recorde brasileiro que durou até 1960.
1927 – Ford inaugura uma linha de produção no Rio de Janeiro. Devido à recessão, as fábricas de Recife (1925) e Porto Alegre (1927) são desativadas.
A produção do Modelo T é interrompida em todo mundo para receber o inovador Modelo A, como motor de 4 cilindros e 40 cv. O popular Fordinho trouxe novos recordes de vendas e foi uma dos veículos com a melhor relação custo-benefício da história do automóvel.
1951 – Importações em alta, com sucesso dos conversíveis Ford e Mercury.
1954 – O clássico americano Thunderbird é lançado no Brasil.
O clássico Ford Thunderbid, de 1955. Foto: Ford/ Divulgação 1955 – O programa de nacionalização da produção começa a dar seus primeiros passos com as cabines de picapes caminhões com o aço de Volta Redonda (RJ).
1958 – Inauguração da nova fábrica de motores V8, em São Paulo. Conhecido como ‘Power King’, possui bloco em ‘Y’ e rendia 161 cv. Acelera-se a nacionalização de automóveis e caminhões
1959 – Lançado o primeiro caminhão brasileiro da Ford, o F-350, com motor V8 e 2.670 kg de capacidade de carga.
Ford F-350 1959, com motor V8. Foto: Divulgação 1961 – Apresentado o primeiro caminhão com motor diesel, o F-600.
1967 – Ford lança seu primeiro automóvel brasileiro, o Galaxie 500, com motor 4.5 V8, de 170 cv. A empresa adquire a Willys-Overland do Brasil, situada em São Bernardo do Campo (SP), que produzia o Aero Willis, Itamaraty, Gordini e Interlagos.
Galaxie 500. Foto: Ford/ Divulgação 1969 – Estreia do clássico Corcel, até hoje o automóvel de maior produção na história da Ford. O Galaxie ganha a versão de luxo LTD, com motor de 190 cv e o primeiro veículo nacional equipado com câmbio automático.
1970 – Chega às lojas a versão super luxo do Galaxie, o famoso Landau, com propulsor de 6 cilindros em linha ou V8. Também é o ano de estreia da Belina , a perua que fez enorme sucesso com a família brasileira.
1973 – É lançado a versão brasileira do icônico Maverick. Além do motor de 6 cilindros, era empurrado também pelo 5.0 V8 302, de 197 cv, emprestado do Mustang.
1976 – Inaugurada a nova fábrica de tratores em São Bernardo do Campo (SP).
1978 – Estreia do Corcel II, que estabeleceu recordes de vendas da Ford no Brasil.
1979 – Após 108 mil unidades produzidas, sai de linha o Maverick. A fabricante começa a fazer veículo movidos a álcool e a picape F-1000 a diesel.
1980 – Surge a picape Pampa, baseada na plataforma do Corcel II.
1981 – Lançado o sedã Del Rey, outro derivado do Corcel II, com requinte e sofisticação inéditos em carros médios. Foi o pioneiro em vidros e travas elétricos.
1983 – Fim da produção do Landau, único sobrevivente da linha Galaxie. Foi o último automóvel com motor V8 feito em solo nacional.
Chega ao mercado o Escort, carro global da Ford que vinha com motor 1.6 CHT, considerado à época o melhor motor a álcool no país.
1985 – Surge a linha de caminhões de cabine basculável Cargo, exportada até para os EUA.
1986 – Criada a Autolatina, joint-venture com a Volkswagen do Brasil.
1989 – O motor 1.8 da Volkswagen passa a equipar as linhas Escort e Del Rey.
1990 – Lançamento do Verona, sedã compacto derivado do Escort. Era o primeiro carro da cooperação Ford-Volkswagen.
1991 – O sedã Versailles chega para o segmento de carros de luxo, com câmbio automático como opcional. Fim da produção da Belina.
1994 – Começa a importação do Taurus americano e do Mondeo europeu, no segmento de alto luxo.
1995 – Início da importação da picape média americana Ranger, que dava o pontapé para o acirrado mercado de picapes. Autolatina é dissolvida.
1996 – Começa a produção do Fiesta nacional na fábrica de São Bernardo do Campo.
1997 – Lançado o compacto Ka. No mesmo ano inicia a produção da picape pequena Courier, derivada do Fiesta.
1998 – Lançada a nova linha Série F de caminhões e picapes. No ano seguinte estreiam a F-350 e a F-250.
2000 – Surge o Focus, que revolucionou a imagem e design da marca, sendo um dos carros mais premiados no Brasil e no mundo.
2001 – Inaugurada a fábrica de Camaçari, na Bahia.
2003 – Ford lança o primeiro SUV feito no Brasil, o Ecosport, com motores 1.0, 1.6 e 1.8. Foi por um longo período o carro chefe de vendas da marca no país.
Ford Maio 2005 Lanзamento Ecosport 2006
Flex| manente
2006 – O sedã de luxo Fusion estreia no Brasil para suceder o Mondeo.
2008 – O Ka entra na segunda geração mais espaçoso e com motor 1.0 flex.
2010 – Fusion estreia a versão híbrida, sendo o primeiro carro vendido no país com essa tecnologia.
2014 – Renovado por completo, o Ka só manteve o nome. Pela primeira vez, é oferecido com quatro portas. Começa a brigar diretamente entre os carros mais vendidos no país. Atualmente, é o terceiro do ranking.
2018 – A sexta geração do Mustang marca a importação oficial do esportivo no Brasil. Rapidamente o modelo ganhou a preferência do público neste nicho e assumiu o posto de mais vendido entre os esportivos.
2019 – Ford anuncia o fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo. Com isso, deixa o mercado sulamericano de caminhões e aposenta o Fiesta. O Focus é descontinuado no país com o fim da produção na Argentina.
Depois de um longo período como a quarta força no país, a marca norte-americana perde o posto para a Renault.
SIGA O AUTO DA GAZETA NO INSTAGRAM
- Você deve fazer login para responder a este tópico.
