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Ford pode trazer de volta o Fiesta com ajuda da Volkswagen

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      A situação da Ford na Europa não é das melhores. Em 2024, a marca vendeu 426.307 carros nos 27 países da União Europeia, além do Reino Unido, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça — volume 87.174 unidades menor que o do ano anterior. Como consequência, a participação de mercado da marca caiu para apenas 3,3%. E o cenário não melhorou no início de 2025: entre janeiro e março, a demanda recuou 1,9% em relação ao mesmo período de 2024.

      Sem modelos como Mondeo e Fiesta, e com o fim do Focus já anunciado para este ano, a Ford tenta compensar a perda de produtos com uma aposta em carros elétricos desenvolvidos em parceria com a Volkswagen. O novo Explorer vendido na Europa é, basicamente, um VW ID.4 reestilizado, enquanto o recém-lançado Capri é derivado do ID.5.




      Ford Explorer EV de longo alcance (2024) em teste

      Foto de: InsideEVs

      E mais modelos podem vir aí. Segundo Martin Sanders, chefe de vendas e marketing da Volkswagen e ex-CEO da Ford Europa, a parceria entre as marcas tem sido “muito, muito, muito bem-sucedida”. Em entrevista à Auto Express, ele sugeriu que o acordo pode ser ampliado: “Não descartamos novas oportunidades para compartilhar tecnologias.”

      Isso alimenta especulações de que a futura plataforma MEB Entry da VW — base dos elétricos urbanos ID.1 e ID.2 — possa servir para um novo modelo compacto da Ford, talvez até um sucessor do Fiesta ou Ka para o mercado europeu.




      Avaliação do Ford Capri (2025)

      Foto de: Ford

      Ainda é cedo para cravar esse retorno. Vale lembrar que o Golf 100% elétrico de nova geração será lançado até o fim da década, utilizando a nova arquitetura SSP do Grupo VW. Um Focus baseado no Golf seria impensável anos atrás, mas hoje essa possibilidade já não soa tão absurda, mesmo que a VW não tenha revelado quais modelos da Ford vão usar sua engenharia.

      Falando nos já lançados, Explorer e Capri não têm tido grande sucesso. Poucos meses após o início da produção na fábrica de Colônia (Alemanha), a Ford reduziu o ritmo das linhas em 2024, citando “condições de mercado rapidamente deterioradas para os veículos elétricos”. De acordo com a consultoria Dataforce, apenas 1.919 unidades do Capri foram vendidas no ano passado — lembrando que a produção começou só em setembro. Até março de 2025, foram 2.511 Capris vendidos, contra 3.611 unidades do VW ID.5 no mesmo período.

      Mas o que a Volkswagen ganha com essa história? Muito. A Ford continua forte no setor de veículos comerciais: o novo Transporter é, na verdade, um Transit disfarçado, e a nova geração da Amarok compartilha a base com a Ranger. Na América do Sul, a VW ainda vende a Amarok antiga, desenvolvida por ela mesma, mas já planeja substituí-la por um novo modelo criado junto à chinesa SAIC.

      A colaboração entre Ford e VW permite que ambas ganhem escala sem precisar recorrer a fusões ou aquisições. O compartilhamento de plataformas — o bom e velho “badge engineering” — está longe de ser novidade, mas hoje, em um mercado cada vez mais competitivo e eletrificado, parcerias assim são cruciais para garantir a sobrevivência.

      Reportagem no site

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