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G1 acompanha produção do novo Volkswagen Nivus, na mesma fábrica que já foi do Fusca | Auto Esporte

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      • Nivus parte de R$ 85.890; veja preços e versões

      O ‘SUV do Polo’ é o primeiro carro da marca com desenvolvimento totalmente digital. Isso significa que empresa não precisou construir nenhum protótipo durante sua criação. Até então, para cada novo projeto, eram necessários até 70 modelos físicos.

      Segundo a montadora, isso representou uma economia de até 65% nessa etapa. No entanto, a Volks não informou a quantia que deixou de gastar.

      • Porsche, Mercedes, BMW… estilo de SUV-cupê do Nivus não é novidade

      Volkswagen Nivus teve desenvolvimento 100% digital — Foto: Reprodução

      A tecnologia também ajudou na simulação de etapas da montagem. Com isso, os movimentos que os trabalhadores devem fazer na linha de produção foram estudados e otimizados.

      Além do desenvolvimento digital, a produção em si foi modernizada. Foram instalados 90 novos robôs, principalmente nas áreas de estamparia e armação da carroceria. A automatização das linhas, aliás, é cada vez maior, não só na montadora alemã.

      O G1 acompanhou, com exclusividade, visitou a linha de montagem do Nivus na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), uma das mais antigas do país. Nos últimos 60 anos, saíram dali mais de 14 milhões de veículos, incluindo clássicos como Fusca e Kombi.

      Hoje a unidade produz outros 3 modelos, além do Nivus: Polo, Virtus e Saveiro. Todos na mesma linha de montagem.

      Coronavírus exige mudanças

      Medição de temperatura de funcionário da Volkswagen — Foto: Divulgação

      Durante a visita do G1, uma semana antes do lançamento do carro, apenas um dos turnos estava operando. A restrição na produção foi adotada por diversas montadoras e faz parte das ações de retomada após o início da pandemia do coronavírus, em 1º de junho.

      Logo na entrada, os funcionários que chegam às 6h têm a temperatura aferida. Eles só têm o acesso liberado se o termômetro marcar menos de 37ºC.

      • Álcool gel acionado pelo pé, divisórias no refeitório: como as montadoras estão retomando a produção no Brasil

      Além disso, todos devem usar máscaras. Nos postos de trabalho onde não é possível ficar a uma distância mínima de 1 metro, os funcionários também usam protetores faciais de acrílico.

      Em postos onde os funcionários ficam a menos de 1 metro de distância, uso de protetor facial é obrigatório na Volkswagen — Foto: Celso Tavares/G1

      Refeitórios e ônibus fretados tiveram as capacidades reduzidas. Mesmo na linha de produção, em pequenas “ilhas”, onde funcionários fazem as pausas durante o expediente, foram fixados adesivos, mostrando onde cada trabalhador pode sentar, respeitando uma distância de pelo menos 1 metro. É possível encontrar álcool em gel em diversas mesas.

      Local para pausas na linha de produção da Volkswagen também recebeu álcool em gel e adesivos para que funcionários mantenham o distanciamento — Foto: Celso Tavares/G1

      Atualmente, o ritmo de produção na fábrica é de 55 veículos por hora. No dia da visita, a expectativa da Volks era montar pouco menos de 400 veículos.

      A montadora propôs que a reportagem conhecesse na prática alguns passos da montagem mas, no dia da gravação, só foi permitido participar de uma delas: a colocação dos emblemas.

      Prateleira na linha de montagem reúne todos os gabaritos e adesivos com emblemas dos veículos — Foto: Celso Tavares/G1

      No caso do Nivus, como o logotipo da Volkswagen já vem montado na tampa do porta-malas, então restam apenas três peças a serem colocadas: uma com o nome do carro e outras duas com a motorização.

      Diferente de outras tarefas que podem ser executadas por robôs, esta é totalmente manual.

      O processo é bastante simples, e começa com a colocação das placas em moldes. Na sequência, já junto ao veículo na linha, o funcionário fixa os gabaritos na carroceria na posição correta, usando ímãs.

      Funcionário treinado leva menos de 1 minuto para a colocação dos emblemas de um carro na Volkswagen — Foto: Celso Tavares/G1

      Depois, é só passar a mão sobre a plaqueta para que ela seja colada. O último passo é remover os moldes. Um funcionário costuma levar menos de um minuto para completar a tarefa. Mas para quem não tem experiência não é tão fácil assim.

      Carros chegam na montagem da Volkswagen e seguem de elevador até o nível térreo do galpão — Foto: Celso Tavares/G1

      O setor de montagem é dividido em 6 grandes corredores, chamados internamente de “braços”. Cada um deles é subdividido em diversos outros postos, estes batizados de “tactos”. A colocação dos emblemas, por exemplo, fica no tacto 16 do braço 1.

      Tudo começa quando a estrutura chega do galpão da pintura, no chamado tacto 1. Antes de os elevadores abaixarem as carrocerias para o nível térreo, as portas são retiradas – elas só vão se juntar novamente ao resto do carro mais adiante.

      Na primeira parte da montagem, carro chega sem portas e recebe parede corta-fogo, pedais e vedações — Foto: Celso Tavares/G1

      No primeiro “braço”, os trabalhadores ainda precisam instalar todas as vedações de portas, passar os chicotes com dezenas de metros de cabos, fixar as hastes de abertura do capô e do porta-malas, a parede corta-fogo e os emblemas.

      Para auxiliar os trabalhadores, há telas que mostram as especificações do modelo que está passando por aquele ponto da linha, além de uma grande folha, impressa com diversos códigos, que identificam acessórios que o veículo deve ter.

      Nos passos seguintes, onde não foi possível fazer qualquer imagem, os carros começam a receber painéis e a parte eletrônica. Configurar essa parte em um Nivus, por exemplo, exige mais tempo do que em uma Saveiro ou um Polo.

      Folha impressa com códigos ajuda os funcionários com as especificações exatas daquele modelo na Volkswagen — Foto: Celso Tavares/G1

      Eletrônica mais complexa

      Mas, nos demais processos, os passos são bem semelhantes – principalmente com Polo e Virtus, “vizinhos” de linha do Nivus, e que compartilham a mesma plataforma.

      No “casamento”, etapa onde o chassi com motor e câmbio é acoplado à carroceria, o maquinário é o mesmo.

      Etapa do ‘casamento’ na linha de produção da Volkswagen, quando a carroceria é unida ao chassi com conjunto mecânico — Foto: Celso Tavares/G1

      Só há uma maior diferenciação já quando os veículos já rodam com suas próprias forças e chegam aos ajustes finais. Ali, além de acertar o alinhamento das rodas e dos faróis, os Nivus equipados com controle de cruzeiro adaptativo passam por um acerto nos sensores e radares.

      Com a montagem concluída, um profissional com os olhos bem treinados ainda faz uma checagem final, em uma cabine com iluminação especial. As luzes ajudam na busca por imperfeições na carroceria. Caso haja alguma, ele devolve o veículo para a linha.

      Se estiver tudo certo, o carro toma um belo “banho”, para validar a vedação da carroceria e segue para o pátio.

      Apesar de dividir a linha com mais 3 modelos, a Volks disse que instalou 90 novos robôs para poder fazer o Nivus. Muitas dessas máquinas ficam em outro galpão, e são usadas nas fases de armação e estamparia.

      Gostou ou não do visual do Nivus?

      Gostou ou não do visual do Nivus?Gostou ou não do visual do Nivus?

      Além de plataforma, conjunto mecânico, componentes eletrônicos e peças de acabamento, Nivus e Polo também compartilham portas dianteiras, teto e para-brisa – solução também adotada por outros modelos de fabricantes diferentes.

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      Só que o Nivus tem a “proeza” de ser o primeiro carro da Volkswagen que foi desenvolvido no Brasil e será produzido e vendido também na Europa no ano que vem.

      Até hoje, o mais próximo disso que a engenharia local conseguiu foi o Fox, criado pelo time local e exportado para a Europa. Só que o hatch não fez muito sucesso por lá.

      O Nivus também vai inaugurar a nova identidade da Volkswagen, com o logotipo atualizado –lançado em setembro, no Salão de Frankfurt.

      Outra novidade é a central multimídia de 10 polegadas, também criada pela equipe brasileira. Ela tem armazenamento interno de 10 gb, e pode receber diversos aplicativos, como em um tablet.

      O modelo será vendido em duas versões, Comfortline e Highline. Ambas trazem motor 1.0 turbo de 128 cavalos e 20,4 kgfm e câmbio automático de 6 marchas. Veja abaixo os equipamentos de cada uma.

      Assistente de partida em rampas, 6 airbags, freios a disco nas quatro rodas, câmera de ré, controles de tração e estabilidade, direção elétrica, ar-condicionado, faróis e lanternas em LED, controle de velocidade, rodas de 16 polegadas, central multimídia com tela de 6,5 polegadas, sensores de estacionamento traseiros e volante multifuncional.

      Como opcional, a versão tem o pacote VW Play & Tech, por R$ 3.520, com piloto automático adaptativo, sistema autônomo de frenagem de emergência e volante multifuncional de couro com aletas para troca de marchas.

      Mesmos itens da versão acima, mais ar-condicionado digital, faróis de neblina em LED, acesso e partida com chave presencial, controle de velocidade adaptativo, frenagem automática de emergência, central multimídia de 10 polegadas, bancos de couro, quadro de instrumentos digital, rodas de 17 polegadas, sensores de luz, chuva e estacionamento dianteiro, sistema de alerta de fadiga e alavancas de trocas de marcha no volante.

      Reportagem no site

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