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Porque o Volkswagen Up! não foi o sucesso que se esperava no Brasil – 21/02/2021

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      Sete anos de uma carreira aquém do que se esperava e muito longe do que prometia. O melancolismo resume em parte a trajetória do Volkswagen Up! no Brasil. O modelo lançado em 2014 com muito alarde e expectativa, chegou a ser comparado pelo então CEO da VW Brasil, Thomas Schmall, como um “possível novo Fusca”.

      A promessa de se comparar ao VW mais amado dos brasileiros nunca chegou e agora, ele sai de linha com apenas uma versão, a Xtreme 170 TSI, bem completa, mas a um preço assustador de R$ 60.690, e ainda readaptado para carregar apenas quatro passageiros, não mais cinco.

      Mas afinal, o que determinou que o Up! não fosse um sucesso no Brasil? São vários fatores que levaram o subcompacto da marca a não ganhar o espaço que se esperava e nunca acelerar tanto quanto prometia seu motor turbo 1.0 que transformou o carro em me.

      Projetado como um carro para atender a Europa, o Up! dentro do que parecia um projeto muito bom para outros mercados também. A construção moderna para atender os níveis de segurança europeus, fizeram do pequenino um carro cinco estrelas no Brasil no teste do LatinNCAP.

      Mas havia um custo em fazer um carro seguro nos níveis europeus, além disso, para o velho continente, que era maior do que o obrigatório para atender as leis de segurança do Brasil. Outro problema do Up! o conceito de ser um Citycar, ou seja, usado especialmente para trajetos urbanos e pequenos deslocamentos rodoviários. Já no Brasil, o up! teve que arcar com a missão de ser o único carro da família de classe média.

      Isso significava viajar para a praia, cortar o País de norte a sul para visitar parentes, entre outras coisas. Para atender esses requisitos, a engenharia da VW Brasil precisou gastar horas de trabalho alterando o projeto do carro. Junto do marketing eles entendiam que o espaço de um carro com foco unicamente urbano na Europa não seria suficiente para ser o carro da família no Brasil.

      Assim, nascia o Up! nacional. Com um tanque de 50 litros ao invés de 35 litros do europeu, alteração no tamanho das portas traseiras para que os vidros pudessem ser abaixados por completo e um minúsculo porta-malas de 285 litros. Ainda assim, ele era 64 litros maior que o europeu (221 litros).

      O custo dessas alterações foi repassado ao consumidor, tornando o Up! um carro caro de início e obrigado a competir com “irmãos” maiores e com um custo-benefício mais interessante, que é o caso do Gol e Fox, além de serem produtos mais consagrados junto ao público.

      “Ter que ser menor e competir com o Gol, que era maior, mais espaçoso e um produto muito conhecido do público foi um dos problemas mercadológicos do Up!”, afirma Paulo Roberto Garbossa, da consultoria ADK Automotive. “A proposta do Up! era pra ser um veículo de entrada, mas ficou muito próximo do Gol que tinha um histórico muito forte, vendas e apelo com o público”, completa.

      “Passados sete anos, o consumidor brasileiro ainda não aceitou e entendeu o conceito de um pequeno carro urbano, que desde o começo era a proposta do Up!”, finaliza.

      Reportagem no site

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