Menu fechado

Quem disse que carro 1.0 não anda?

Clube do Gol Fóruns Clube do Gol G5 G5 – Outros Assuntos Quem disse que carro 1.0 não anda?

  • Este tópico contém 77 respostas, 42 vozes e foi atualizado pela última vez 11 anos, 9 meses atrás por Anônimo.
Visualizando 5 posts - 1 até 5 (de 78 do total)
  • Autor
    Posts
  • #10032830
    Anônimo

      Gol 1.0: 0-100 km/h em 13 s e 165 km/h com 76 cv

      O post

      Velocidade Mínima gerou muitos comentários – perto de 100, até o momento de escrever este. Muitos leitores referiram-se à questão do carro com motor de 1.000 cm³ não ter desempenho suficiente em auto-estradas para a proposta de velocidade mínima de 100 km/h em rodovias de limite 120 km/h. Será que é isso mesmo? Garanto que não.

      O motor 1-litro mais fraco hoje é o do Mille Economy, 66 cv a 6.000 rpm (etanol). Mesmo assim 1 cv mais que o Passat L 1,5-L duas-portas, que pesava quase 100 kg mais que o Fiat. Não conheço ninguém, da época em que foi lançado, 1974, até hoje, que dissesse que esse Passat “não andava”. Pelo contrário.

      O motor do Mille de 1990, por exemplo, quando era o Fiasa, desenvolvia 48 cv a 5.700 rpm, portanto o modelo ganhou 17 cv com o atual Fire, nada desprezível, principalmente levando em conta o aumento irrisório de cilindrada, apenas 5 cm³ (de 994 para 999 cm³). O motor Fiasa havia passado a 56 cv em 1993 com ignição eletrônica e recebendo carburador de duplo corpo, e ganhou 2 cv com a injeção monoponto, foi para 58 cv, sempre a gasolina.

      fire_2-p_0005.jpg

      O Mille sempre andou muito bem com motor 1-L

      Em todo esse tempo não houve críticas para o desempenho do modelo. Só quando um carro de motor 1-L pesa mais, caso do Fiesta sedã, de 1.100 kg, é que o desempenho sofre um pouco. Em contrapartida, os motores dessa cilindrada foram ficando cada vez mais potentes, caso do Celta, de 78 cv, os Ford de 73 cv, o Gol de 76 cv, os Renault de 77 cv e o Corsa, com nada menos que 79 cv. O Passat TS 1600 desenvolvia 80 cv!

      Velocidade máxima entre 150 e 160 km/h é comum nos carros de 1.000 cm³ atuais. Ou seja, a 120 km/h eles têm razoável reserva de potência. Não é como em carros mais antigos, como o Fuscas 1300 sedã e o Gordini, cujas velocidades máximas eram de 118 km/h. O Gol 1,0 de 76 cv que atinge 165 km/h só precisa de 38,5% da potência máxima, ou 29,2 cv, a 120 km/h.

      Há muitos anos, década de 1990, eu estava viajando com a família em um Honda Accord a 160 km/h indicados e havia um Mille ELX andando junto tranquilamente, por muitos quilômetros.

      E o que dizer da aceleração? Hoje os carros 1-L estão acelerando de 0 a 100 km/h entre 13 e 15 segundos. O Chevette Hatch 1600 levava 15,3 segundos e Corcel II de mesma cilindrada, 14,5 s. Como se vê, está tudo ali, embolado.

      Só que tem um detalhe: os motores de 1.000 cm³ precisam de rotação para produzir potência palpável. A potência existe, está disponível, mas em rotações mais altas, e o que acontece é grande parte dos ou das motoristas desconhecer isso. Ou se conhecem, recusam-se a usar rotações mais altas simplesmente por achar que o motor vai quebrar ou terá a vida útil abreviada. Ou gastará muito combustível. Pois não é nada disso.

      Esse motores têm curso dos pistões bem pequeno. O motor Renault 1-litro tem 66,8 mm de curso. A 5.850 rpm, sua rotação de potência máxima, a velocidade média dos pistões é de apenas 13 metros por segundo, muito abaixo do limite estado-da-arte para carros de rua, 20 m/s. No motor Fiat Fire, idem, 13 m/s. Não é por acaso esses motores passarem de 200.000 km com plena saúde.

      Clio.jpg

      Clio: 77 cv e 10,2 m·kgf, 167 km/h e 0-100 km/h em 14,1 s

      Como resolver

      Não é fácil mudar hábitos. Os brasileiros, de uma maneira geral, estão acostumados com motores que dão boa potência em rotações mais baixas, aqueles de 1,6 a 2 litros. Motores que “têm torque”. Vejo no trânsito carros arrancando num semáforo em que a roda não dá nem uma volta e a segunda já é engatada. Os motores de baixa cilindrada ficam “mortos” em baixos giros, é sua natureza.

      Seria necessário muito esclarecimento a respeito no manual do proprietário e, principalmente, instrução pelos vendedores das concessionárias no momento de entregar um carro zero-quilômetro. Ou um curso tipo “Como dirigir carros de 1 litro”, breves, de 1 hora – fica a idéia para alguém criar esse serviço, que poderia ser estendido para o treinamento de outras habilidades, como direção defensiva.

      Uma grande parte dos motoristas desconhece essa particularidade dos motores pequenos, que têm que girar.para o carro andar com desenvoltura. Insistir em ficar na faixa 2.000~3.000 rpm quando se precisa andar mais rápido só decepcionará.

      E aquilo que já comentei diversas vezes aqui, a maioria não gosta de usar o câmbio, o que num carro de 1 litro é essencial. Querer engatar a última marcha e ficar nela a viagem inteira, não dá.

      Lembro-me de ter lido a respeito de cursos no Canadá sobre como dirigir carro com câmbio manual. A finalidade é possibilitar a turistas canadenses na Europa alugar os carros mais baratos, de caixa manual. Então, analogamente, cabe aqui um curso para aprender a extrair potência de carros 1-litro.

      Diminuindo presença

      Mas os carros 1-L estão menos presentes no mercado do que em 2010. De 50,8% caíram para 45,2%, enquanto os da classe de cilindrada 1.000 a 2.000 cm³ avançaram de 48% para 53,2%, indicando uma tendência do consumidor em sair do carro 1000. A classe superior, acima de 2.000 cm³, ganhou três pontos porcentuais e em 2011 fechou com 1,5%, resultado de mais carros importados licenciados. Os dados são da Anfavea.

      A importação aumentou 14% em relação a 2010 e hoje os importados representam 23,6% do total licenciado, ante 18,8% em 2010. Isso explica o aumento de participação dos carros com motor acima de 2.000 cm³.

      Outra queda significativa, também associada às importações, é a dos carros flex, que de 86,4% em 2010 diminuíram participação para 83,1%. Quem ganhou bem foi o carro a gasolina, que saltou de 8,4% para 11%, tendo registrado pico de 12,1% em setembro. Os a diesel também ganharam presença, embora menos, de 5,2% para 5,9%.

      Para fechar o assunto, quem tem carro 1-L não precisa ter dó do motor. É acelerar, passar de 5.000 rpm quando for necessário e notar como anda muito bem até, pois o pequeno motor retribuirá com um desempenho mais do que aceitável.

      Carro “um-ponto-zero” pode pegar qualquer estrada tão bem como qualquer outro.

      FONTE: http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2012/01/quem-disse-que-carro-um-ponto-zero-nao.html

      Editado por DouglasMDC

      #10032832
      Anônimo

        só sei que ESGOELO o meu 1.0

        #10032834
        Anônimo

          Quando preciso de força, faço como o adenilson707. Faço sem pena, mas com a manutenção em dia!

          #10032836
          Anônimo

            Meto ficha no meu “milzinho”, na primeira saida com o carro (estou com ele a uma semana), ja vi que o bichim ta bão, peguei 170 de boa!

            #10032838
            Anônimo

              Quando preciso de força, faço como o adenilson707. Faço sem pena, mas com a manutenção em dia!

              Eu fiz SSA-Itabuna em aproximadamente 6 hs

              Sai da capital às 11:30 e cheguei em Itabuna ainda claro, por volta das 17h

              Média de 120 km/h

              Também eu cuido

              Manutenção em dia

              óleo Mobil

              Molykote

              Velas de iridium/três eletrodos

              pneus largos

              Até uma ex-namorada minha disse que meu carro estava preparado pra correr. Eu não, mas um colega meu colocava 170 na estrada ele. Isso explica que ele tem um motor esperto.

              Só me estresso em Ilhéus, pois o pessoal é lerdo no volante. Anda a 50 km/h na BR.

            Visualizando 5 posts - 1 até 5 (de 78 do total)
            • Você deve fazer login para responder a este tópico.