Clube do Gol › Fóruns › Notícias Automotivas › Teste: Volkswagen T-Cross Highline 2021 não é tão bonito quanto o Nivus, mas tem motor de Tiguan | Testes
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26/10/2020 às 05:07 #1010645486
Sejam quais forem os motivos que fizeram o Volkswagen T-Cross conquistar o título de carro mais vendido do país em julho, acabando com a hegemonia de mais de cinco anos consecutivos do Chevrolet Onix, não dá para negar que o modelo gera um grande interesse entre os consumidores.
Desde que estreou, em março do ano passado, o SUV compacto tem crescido nas vendas, oscilando em uma média de 4 mil a 6 mil unidades mensais — isso antes da pandemia. Tanto que fechou 2019 como o sexto colocado na categoria de utilitários em seu primeiro ano (não cheio) de vendas. Ou seja, não é um carro que passa em branco.
O VW Play estará disponível na linha 2021 do T-Cross — Foto: Divulgação
Agora o T-Cross chega à linha 2021, mas sem tantas novidades. Não recebeu nem o novo logotipo da Volkswagen, mais fininho, que estreou no Nivus. Ou um dos equipamentos que mais chama a atenção no irmão menor, o controlador de velocidade adaptativo com frenagem autônoma de emergência.
Saiba MaisO grande destaque é a central multimídia VW Play, de série em todas as versões, que traz tela de 10,1 polegadas sensível ao toque e conectividade com Android Auto e Apple CarPlay (este sem fio). Dessa forma, o modelo perde o GPS nativo para usar o Waze no pareamento do celular. Também não há mais o suporte de telefone sobre o painel, claro, uma vez que o propósito é integrar os sistemas.
Volkswagen T-Cross 2021 — Foto: Divulgação
Não há como falar de T-Cross sem mencionar o Nivus, já que o caçula, embora menor por dentro, talvez seja um dos concorrentes que mais “roubem” vendas do irmão mais velho. Sua versão Highline sai por mais sedutores R$ 99.950. Mas só tem opção de motor 1.0 TSI.
A ideia de acrescentar equipamentos no SUV também foi uma maneira de tentar distanciar os preços da dupla, especialmente nas versões de entrada, que foram as que ficaram mais caras.
Mecanicamente, nada muda em nenhuma das configurações. A versão testada, a Highline, mantém o ótimo conjunto formado pelo motor 1.4 flex de 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque (tanto com etanol quanto com gasolina) e pelo câmbio automático de seis marchas.
A aceleração de zero a 100 km/h é feita em bons 9 segundos (0,9 s a menos que o Nivus 1.0 TSI), enquanto a clássica retomada de 60 a 100 km/h é deixada para trás em 4,7 s. Embore ande rápido, o melhor do T-Cross é na hora de parar: foram necessários apenas 23,1 metros vindo a 80 km/h.
É um modelo que tem boa ergonomia e agrada tanto aqueles que gostam de um carro mais altinho quanto os que preferem colocar o banco mais colado ao chão.
Painel do T-Cross 2021 — Foto: Divulgação
Por entregar o torque máximo a baixos 1.500 giros, o SUV esbanja agilidade e tem bons números de retomada. Além disso, supera na pista rivais tradicionais como Jeep Renegade, Honda HR-V 1.8, Hyundai Creta e até o novato Chevrolet Tracker. Um belo resultado para um carro de quase 1.300 kg.
Outro detalhe que deixa o modelo mais esperto é o fato de ter borboletas para trocas de marchas, oferecendo um estilo de condução mais refinado e sem trancos. O consumo médio de 10,1 km/l também é bastante razoável. Há um senão: o tamanho do porta-malas, que leva apenas 373 litros, pouco para um SUV.
Câmbio do T-Cross 2021 — Foto: Divulgação
A lista de equipamentos não faz feio: somam-se à nova central VW Play itens como seis airbags, controles de tração e de estabilidade, rodas de 17 polegadas, câmera de ré e painel de instrumentos digital, só para citar os mais importantes.
Entre os opcionais há pintura bicolor (R$ 2 mil), teto solar panorâmico (R$ 5.070) e pacote de tecnologia que traz faróis Full LED com luz de condução diurna e regulagem automática de facho, assistente de estacionamento e sistema de som premium da grife Beats com subwoofer. Com todos os opcionais, o preço do carro sobe para R$ 136.140.
Mesmo sendo um carro com tantas virtudes, o T-Cross pode ser ameaçado por outro membro da família: o Tiguan. Isso porque o SUV médio tem preço inicial de R$ 145.440, menos de R$ 10 mil acima do valor do Highline com todos os seus opcionais, por exemplo.
É uma diferença relativamente pequena para levar para casa um carro bem mais espaçoso, com seus 2,79 m de entre-eixos e um dos maiores porta-malas da categoria, de 710 litros. E com o mesmo trem de força — que, apesar do porte mais avantajado do Tiguan, não faz feio no quesito desempenho.
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Aceleração
0 – 100 km/h: 9 s
0 – 400 m: 16,4 s
0 – 1.000 m: 29,9 s
Vel. a 1.000 m: 176,5 km/h
Vel. real a 100 km/h: 98 km/hRetomada
40 – 80 km/h (Drive): 3,7 s
60 – 100 km/h (D): 4,7 s
80 – 120 km/h (D): 5,8 sFrenagem
100 – 0 km/h: 37,9 m
80 – 0 km/h: 23,1 m
60 – 0 km/h: 13,6 mConsumo
Urbano: 8,3 km/l
Rodoviário: 11,9 km/l
Média: 10,1 km/l
Aut. em estrada: 618,8 kmFICHA TÉCNICA
Motor: Dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 1.4, 16V, turbo, injeção direta, flex
Potência: 150 cv (E e G) a 4.500 rpm
Torque: 25,5 kgfm (E e G) a 1.500 rpm
Câmbio: Automático, 6 marchas e tração dianteira
Direção: Elétrica
Suspensão: Indep. McPherson (diant.) e eixo de torção (tras.)
Freios: Discos ventilados (diant.) e discos sólidos (tras.)
Pneus: 205/55 R17
Tanque: 52 litros
Porta-malas: 373 litros (fabricante)
Peso: 1.292 kg
Central multimídia: 10 pol., sensível ao toque
Garantia: 3 anosDimensões
Comprimento: 4,20 m
Largura: 1,76 m
Altura: 1,57 m
Entre-eixos: 2,65 m -
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