Clube do Gol › Fóruns › Notícias Automotivas › Volkswagen Voyage 2021: ainda vale a pena comprar ou levo um Chevrolet Onix Plus para casa? | Mercado
- Este tópico contém 0 resposta, 1 voz e foi atualizado pela última vez 3 anos, 9 meses atrás por ClubedoGol.
-
AutorPosts
-
20/02/2021 às 10:12 #1010676873
O Volkswagen Voyage foi lançado originalmente em 2008. Mais de 12 anos se passaram e o sedã manteve boa parte das características da época. As principais mudanças foram o novo motor e o câmbio automático. Vendido por preços a partir de R$ 66.600, o modelo enfrenta uma concorrência pesada.
Praticamente focado nos frotistas, o Voyage perdeu custo-benefício em relação aos concorrentes. Ele é barato apenas comparado com o Virtus. Como usado, o sedã é ótimo negócio. Mas será que ele ainda vale a pena como 0 km?
Volkswagen Voyage 2022 1.0
Preço inicial – R$ 66.600
A última alteração mecânica da versão básica fez bem ao desempenho do Voyage, mas não foi suficiente para torná-lo uma referência na classe. O 1.0 de três cilindros entrega 82/75 cv e 10,4/9,7 kgfm a 3.000 rpm. A aceleração de zero a 100 km/h é feita em 15 segundos, 0,3 s a menos que o Gol com a mesma mecânica. A elasticidade do tricilíndrico é o ponto alto. E o consumo ficou entre 10,1 km/l de etanol na cidade e excelentes 14,7 km/l na estrada.
Por um lado, o motor é moderno. Por outro lado, o Voyage mostra que é da antiga escola em muitos aspectos. A posição de direção é mais baixinha do que a de concorrentes atualizados. A direção é hidráulica, algo que garante maior precisão e sensibilidade em velocidades médias e altas, mas que penaliza o motorista com uma assistência mais pesada em manobras.
Quanto ao espaço interno, o interior segue a mesma linha datada e tem cabine bem apertada em relação ao esperado atualmente para um sedã compacto. O entre-eixos de 2,46 metros leva passageiros traseiros de até 1,80 m sem nenhuma folga. O porta-malas de 470 litros (aferidos por Autoesporte) tem fácil acesso, porém não chega a ser referência.
O design interno mostra detalhes de 2008 em pontos como o desenho das portas. Ele contrasta com o painel reformado e não combina. Os comandos dos vidros elétricos acima da central são um toque quase retrô.
Há pontos positivos. O câmbio manual de cinco marchas tem engates justos e fáceis. A aderência é boa mesmo com o conjunto de pneus de série (185/65 aro 14), embora o conjunto de rodas de liga aro 15 e pneus 195/55 melhore a precisão e controle nas trajetórias.
O Voyage tem entre-eixos de apenas 2,46 metros — Foto: Divulgação
Opcionais agora não são mais atrelados
Uma alteração recente nos pacotes opcionais diminui a oferta de três para dois packs na linha 2021/2022. E você pode optar pelos dois separadamente, antes era obrigatório adicionar um ao outro. É importante frisar que os dois também valem para as versões 1.6 manual e automática.
O pacote continua a incluir alarme, sensor de estacionamento traseiro, luzes de leitura, alças de segurança no teto, coluna de direção com ajuste de altura e de profundidade, espelhos retrovisores e maçanetas na cor do veículo, trio elétrico, repetidores de seta, faróis de neblina, pára-sóis com espelho, rodas de liga leve aro 15 com pneus 195/55 e tampa do porta-malas com abertura elétrica.
Se antes o Urban custava R$ 3.640 sozinho, agora foi adicionado ao pack Composition Touch (R$ 2.390) e o seu preço chegou a R$ 6.210 – a soma anterior dava R$ 6.030. Com pintura metálica, o valor total do Voyage 1.0 pode alcançar R$ 74.420.
O Composition Touch inclui quatro alto-falantes e dois tweeters, sistema de som touchscreen, volante multifuncional com botões para controlar o som e o I-System, uma versão aperfeiçoada do computador de bordo que traz sistemas de alerta do veículo, informações do som, personalização de funções como vidros elétricos e alarme, além das dicas de economia da função Eco Comfort.
Interatividade Media Plus – R$ 1.220
É composto pela central multimídia Media Plus, quatro alto-falantes e dois tweeters.
Pintura metálica cinza ou prata – R$ 1.610
Pintura sólida vermelha, preta ou branca – sem custo (o vermelho Flash era cobrado à parte)
Vamos pegar como referência o sedã compacto mais vendido do Brasil, o Chevrolet Onix Plus. O concorrente custa R$ 73.260 na versão LT Turbo 1.0. Ele leva vantagem em todos os quesitos. O motor gera 116 cv e 16,8/16,3 kgfm a 2.000 rpm. Há seis airbags de série, central multimídia e os indispensáveis controles de estabilidade e de tração. O bom nível de segurança o fez obter cinco estrelas para proteção de adultos e crianças no teste do Latin NCAP. E o câmbio automático é opção por R$ 5.620.
Volkswagen Voyage 2021 1.6 manual
O último facelift do Voyage foi em 2016 — Foto: Divulgação
Veterano, o motor 1.6 8V entrega 104/101 cv e 15,6/15,4 kgfm a 3.850 rpm, suficiente para dar um upgrade e tanto em performance quando comparado ao 1.0. A arrancada de zero a 100 km/h é deixada para trás em bons 10,9 segundos. A última medição de consumo da Autoesporte foi feita antes do facelift (2016). Foram 8,4 km/l de etanol na cidade e 11,3 km/l na estrada. O propulsor é áspero em comparação ao 16 válvulas, mas é cumpridor no dia a dia.
O problema do carro está novamente no preço. O valor com o pack Urban chega a R$ 76.260. A pintura metálica o faz alcançar R$ 77.870. Quase R$ 80 mil por um Voyage 1.6 manual. O Onix LTZ Turbo manual sai por R$ 76.780 e tem tudo que o VW tem e mais um pouco.
Volkswagen Voyage 2022 1.6 automático
Valorização do câmbio. O termo faz sentido também para o Voyage. A versão aposta no mais moderno 1.6 16V. Com 120/110 cv e 16,8/15,8 kgfm, o propulsor cresce de giro macio e faz uma boa tabela com a caixa automática de seis marchas. As trocas são suaves e rápidas. Autoesporte ainda não levou o carro para pista, mas o fabricante afirma que são gastos 10,2 s de 0 a 100 km/h. Segundo o Inmetro, o consumo na cidade é de 8 km/l e chega a 10,1 km/l na estrada.
Completo, o Voyage 1.6 automático chega a R$ 83.210. O Onix LTZ automático sai por R$ 82.290 (R$ 83.890 no caso dos modelos com pintura metálica). Além dos itens já citados, o Chevrolet leva vantagem por oferecer outros equipamentos indisponíveis no VW, caso da entrada e partida sem chave.
Desenho do painel do Voyage contrasta com design das portas — Foto: Divulgação
Vale a pena comprar o Voyage 2022?
Não. O VW é uma ótima opção de usado. É fácil encontrar modelos automáticos por menos de R$ 50 mil, o que o torna um seminovo bem interessante. Porém, há sempre sedãs compactos mais modernos por preços interessantes.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
-
AutorPosts
- Você deve fazer login para responder a este tópico.