Clube do Gol › Fóruns › Notícias Automotivas › O segredo do sucesso do Volkswagen Gol
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06/08/2019 às 07:00 #1010347482
O Gol está prestes a completar 40 anos em alto estilo. Se já não é mais líder de vendas – posto que perdeu em 2014 -, o carro ainda é o Volkswagen mais emplacado do Brasil.
Herói da resistência, o modelo lançado em 1980 é, no acumulado deste ano, o sexto modelo mais vendido do País. Mas qual é o segredo do sucesso do Gol?
Talvez a maior razão histórica esteja na fama de ter manutenção barata que o carro sempre teve. Além disso, ao longo das gerações, a Volkswagen sempre procurou implementar inovações do modelo, que está em constante mudança. O Gol nunca foi deixado de lado.
Hoje, os frotistas também estão na fórmula do sucesso do Gol. A maior parte de suas vendas é pela modalidade direta.
Mas você sabia que o Gol nem sempre foi um sucesso? Para isso, é preciso entender um pouco de sua história. E também seus atributos geração a geração. Veja abaixo.
O início do Gol
A Volkswagen lançou o Gol em 1980 com a premissa de ter um modelo mais moderno que o Fusca para encarar os então recém-lançados Fiat 147 e Chevrolet Chevette. E a proposta quase deu errado.
Embora o Gol fosse de fato um carro totalmente novo, baseado no Polo europeu, o hatch usava ainda os antigos motores boxer 1.3 a ar do Fusca.
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Por isso, o desempenho era ruim, algo que desagradou o público e fez as vendas das primeiras safras do modelo engatinharem. No ano seguinte ao lançamento, a Volkswagen ainda instalou o 1.6 a ar, também do Fusca, o que não conseguiu reverter as vendas baixas.
Motores novos
A decisão de usar os motores a ar do Fusca causou estranhamento na época. Principalmente porque a própria marca já produzia por aqui desde 1974 o moderníssimo Passat, com motores refrigerados a água. A Volkswagen demorou cinco anos para colocar os motores mais modernos no Gol. A novidade veio depois até mesmo dos derivados Voyage e Parati terem sido lançados já com o 1.6 do Passat.
Embora a marca já tivesse mostrado até algumas versões especiais do Gol, foi só a partir dos motores novos que o hatch começou a galgar o sucesso. O modelo ficou conhecido pelos bons desempenho e comportamento mecânico, coroado na versão GT 1.8, com 99 cv.
O sucesso foi tanto que logo em 1987 o Gol assumiu a liderança absoluta do mercado, posto que ocupou por nada menos que 27 anos consecutivos, até 2014.
Nos anos seguintes, o Gol não parou de receber atualizações. Novas versões, séries especiais e pequenas mudanças cosméticas mantiveram o interesse do público no carro.
Versões que já nasceram icônicas, como a esportiva GTS, mas também variantes acessíveis, com foco em frotistas, tornavam a gama do modelo muito compreensiva.
Inovações tecnológicas também chegaram ao País pelo Gol. A icônica versão GTi, de 1989 tornou o hatch o primeiro carro nacional com injeção eletrônica. O modelo era objeto de desejo nas ruas e até hoje é cultuado entre entusiastas.
“Bolinha”
A segunda geração, de 1994 manteve o sucesso conseguido pelo pioneiro com a mesma premissa. Atualizações frequentes, versões especiais e bom comportamento dinâmico também foram a tônica do modelo. A segunda fase ficou carinhosamente conhecida como Gol “bolinha”.
Numa época em que esportivos nacionais ainda eram mais apreciados e tinham verdadeiras mudanças mecânicas em relação ao restante da linha, a Volkswagen ainda ousou e colocou um 2.0 16V de 145 cv sob o capô do hatch na versão GTi de 1997.
G3
Naquela que a Volkswagen chama de terceira geração (mas, na verdade, é uma reestilização da segunda), de 1999, o Gol ganhou versões luxuosas, para encurtar a distância em relação ao Golf enquanto o primo Polo não era lançado. O acabamento era de melhor qualidade nas versões mais caras e havia itens como air bags frontais e freios ABS como opcional.
No início dos anos 2000 o Gol tinha nada menos que seis motores disponíveis. Desde o 1.0 de entrada, os 1.6, 1.8 e 2.0 8V, o 2.0 16V do GTI e o não menos curioso 1.0 turbo – lançado em 2000.
O Gol Turbo, como ficou conhecido, era uma tentativa de a marca de levar mais desempenho sem o custo elevado do modelo 2.0. O motor maior colocava o modelo numa faixa de impostos mais cara. Isso fazia mesmo o caro 1.0 turbo ser mais em conta, com desempenho parecido.
Em 2004, o Gol G3 recebeu mais novidades e foi o primeiro carro nacional com motor flexível. O sistema se tornou regra e hoje equipa praticamente todos os carros vendidos no País.
O pior dos Gol
Na quarta fase (também reestilização do G2, mas chamada pela VW de quarta geração), o Gol estava em baixa. Com o lançamento do Fox em 2006, o modelo foi gradualmente perdendo a vantagem sobre os rivais.
Em alguns meses do ano o modelo até chegava a ser ultrapassado pelo arquirrival Fiat Palio. Acabamento pior e oferta de versões enxuta direcionavam o cliente para o Fox e o fim do modelo chegou a ser especulado.
Revolução
Em 2008, chega o Gol G5. Este foi de fato o modelo de terceira geração, já que houve mudança de plataforma (a VW, porém, o tratou como quinta geração).
O Gol G5 chegou revolucionando tudo o que se conhecia sobre o carro. A plataforma nova, derivada da usada no Polo, os motores transversais e mais tecnologia pareciam finalmente colocar o hatch no século XXI.
O Gol G5 ainda foi reestilizado em 2012, mas só conseguiu manter a liderança até 2014, quando foi superado pelo Palio. E em 2015, o Chevrolet Onix assumiu a liderança, que até hoje mantém.
O Gol, porém, continua um adversário de peso. Ele resistiu ao lançamento do Up!, em 2014, e continua recebendo atualizações.
Recentemente, ganhou uma moderna central multimídia e um inédito câmbio automático. Hoje, com um reposicionamento do Fox, voltou a ser o carro de entrada da Volks – além de seu modelo mais vendido.
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