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Peugeot 208 enfrenta as versões turbo topo de linha do Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Volkswagen Polo – AUTO ESPORTE

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      Peugeot 208 Griffe enfrenta o Onix Premier, HB20 Diamond Plus e Polo Highline (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      Ousado e tecnológico, o novo Peugeot 208 tem qualidades que o fazem sobressair no segmento dos hatches compactos. A questão é como ele se sairá diante dos rivais. Vendida por R$ 94.990, a versão Griffe foi comparada ao Volkswagen Polo Highline (R$ 90.690), seu rival mais direto, e os novos Chevrolet Onix Premier (R$ 77.090 ou ) e Hyundai HB20 Diamond Plus (R$ 77.990).

      Design

      Eu poderia começar o quesito com a clássica afirmação de que “gosto não se discute”. Mas é difícil não conceder ao Peugeot a vitória no quesito. O estilo tem proporções esportivas: longo capô com ressaltos, vidro dianteiro bem inclinado e coluna traseira larga, um detalhe inspirado nos 205 e 206, carros que unidos venderam mais de 15 milhões de unidades.

      Os faróis dianteiros de LEDs com luzes de rodagem diurna que imitam presas de um dente de sabre não poderiam ser mais Peugeot, da mesma maneira que as lanternas inspiradas na garrada de um leão. A grade tridimensional dá o arremate. Seria impossível confundir o 208 com outro carro nas ruas brasileiras. De noite então…

      Perto dele, o Onix não arrisca em estilo. O Chevrolet tem uma identidade visual mais clássica. Os cromados da grade e do contorno dos vidros dão aquele toque à americana. Os faróis são convencionais, diferentemente das lanternas e seus LEDs. Igualmente largas, as colunas traseiras tem formato disfarçado por um aplique plástico logo atrás das portas.

      208 e HB20 são os que mais ousam no design, mas a Peugeot foi mais feliz (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      O Hyundai é o segundo mais ousado. Sua boca lembra uma carpa e os vincos demarcados são típicos da fabricante. As lanternas são baixas e tem apenas as extremidades mais elevadas, um formato quase que de bumerangue estilizado. Sem ter mudado muito em relação ao carro passado em suas proporções, ele parece ser mais alto do que é. E as colunas traseiras com detalhes pretos onde estavam as maçanetas embutidas do conceito Saga imitam um teto flutuante.   

      Já o Polo tem estilo dos mais equilibrados. Como de costume, a Volkswagen apenas atualizou o seu próprio tema de design. A dianteira é bem mais agressiva do que a traseira e suas lanternas pequenas. Os vidrinhos nos pilares C ajudam na visibilidade e representam uma solução de design melhor do que a do Onix e HB20.  

      Desempenho

      Sem o motor 1.2 turbo ou câmbio automático de oito marchas usados pelo europeu, o 208 vem sempre com uma versão atualizada do conhecido 1.6 aspirado e câmbio automático de seis marchas. Com 118/115 cv e 15,5 kgfm (4.500 rpm) com etanol e 15,4 kgfm (4.000 rpm) com gasolina, o 16V tem um pouco menos de torque que o antecessor (16,1 kgfm a 4.000 rpm).

      O trem de força europeu encareceria muito o carro. Em uma época de dólar e euro valorizadíssimos, seria uma decisão que tiraria o carro do patamar de preço dos seus dois principais rivais — na visão da Peugeot. São eles o Polo Highline e o Yaris XLS Connect, ambos com preços bem próximos

      O câmbio automático de seis marchas é ágil, porém, tenta economizar combustível o máximo que pode e entabula uma marcha em cima da outra a baixas velocidades. O recurso de pisar fundo (kick-down) às vezes vai ser a única maneira de apressá-lo.

      Fazem falta as borboletas no volante, um item interessante disponível no HB20 e Polo (o Onix apenas permite selecionar a marcha máxima no modo L por um pouco prático comando na alavanca). Reter uma marcha para forçar o freio motor ou abordar uma curva equilibradamente tem sua graça em uma categoria que inspira alguma esportividade.

      Na mais pura tradução da pista de testes, o desempenho fica abaixo dos rivais turbinados. São 11,7 segundos de zero a 100 km/h e 6,5 s na retomada clássica de 60 a 100 km/h. Em comparação ao Toyota, o Yaris faz a arrancada em 10,4 s. Os resultados do Peugeot são compatíveis com o Polo e HB20 1.6 automáticos, mas não é o caso dos modelos turbinados comparados.

      Com 120 cv e 17,5 kgfm a 1.500 rpm, o HB20 é o mais rápido e faz a primeira prova em 9,3 s e a segunda, em 5,4 s. O Polo é o mais potente (128/116 cv) e tem 20,4 kgfm a 2.000 giros. Mesmo assim, ele fica em segundo lugar: 9,8 s até 100 km/h e 5,4 s na recuperação de 60 a 100 km/h. Já o Onix tem 116 cv e 16,8/16,3 kgfm a 2.000 rotações, números que o ajudaram a marcar 10,6 s e 5,5 s nas mesmas situações.

      Levar um ou dois segundos a mais pode não ser fundamental no dia a dia, afinal, quem dirige com o cronômetro na mão ou faz o quarto de milha entre semáforos? Mas é inegável que a presença em baixa rotação dos turbinados é bem mais forte. Pode não ser tão fundamental na cidade, contudo, a coisa muda em retomadas, subidas e outras situações de baixa exigência. Os sobrealimentados permite dirigir apenas acariciando o pedal do acelerador graças à presença de força a baixíssimas rotações.

      Na hora das frenagens, o equilíbrio se destacou. O Peugeot marcou 25,5 metros até parar vindo a 80 km/h, contra 24,7 m do HB20, 25,7 m do Polo e 25,8 m do Onix. Fica em segundo lugar. Era de se esperar mais do VW, uma vez que ele é o único com freios a disco traseiros.

      Condução

      Peugeot e bom ajuste dinâmico são palavras que combinam. O novo 208 ficou mais suave ao passar por imperfeições, sem baques fortes ao superar buracos ou quebra-molas. A despeito de não ser macio, dá o troco no bom controle da inclinação da carroceria em frenagens e curvas. O câmbio tenta passar marchas mais cedo possível para administrar equilíbrio entre consumo e desempenho.

      O Polo ainda é referência de prazer ao dirigir, mas não tem o custo/benefício do Onix (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      Só não é o mais equilibrado por conta do Polo. O VW é apegado ao asfalto. A tração tem a ajuda do bloqueio eletrônico de diferencial para repassar a força para a roda com maior aderência. O hatch entra e sai de curvas com animação. Falando nisso, o jogo de rodas e pneus é o mais agressivo: 205/50 R17. Há apenas aquele ajuste mais firme que costuma caracterizar os carros da marca, sem desconforto.

      O HB20 é o mais rápido, sem, contudo, apostar em um ajuste faca nos dentes. O Hyundai tem suspensão macia e aderna nas curvas. Mas não passa insegurança, entretanto. Não é culpa apenas do ajuste geral, os pneus 185/60 R15 poderiam ser mais largos e baixos. É mais uma questão de adequação ao público. O conforto de rodagem é marcante.

      O HB20 traz frenagem automática e assistente de faixa, itens disponíveis apenas no Polo europeu (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      Sem ser esportivo como o Volkswagen, o Onix tem direção mais direta que a do seu par sedã e assegura uma melhor sensação de centro de volante em velocidades maiores. Ele segura bem nas curvas, no que ajudam os pneus 195/55 R16. E o conforto de rodagem é decente. Fazem falta as borboletas no volante.  

      Consumo 

      Aqui há um vencedor disparado. O Onix é o único turbinado sem injeção direta. Nem por isso consome mais que os equivalentes. São 10,2 km/l na cidade e 12,9 km/l na estrada, 11,5 km/l de média com etanol.

      É difícil justificar os quase R$ 15 mil de diferença entre o 208 Griffe e o Onix Premier (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      Razoavelmente econômicos, 208 e HB20 empatam na média: 9,9 km/l. O Hyundai faz 8,1 km/l e 11,7 km/l nas mesmas situações. Já o Peugeot consegue chegar a 8,1 km/l urbanos e 11,8 km/l rodoviários. Em último na prova, o Polo decepciona em consumo: 8,9 km/l. Que pena.

      Espaço interno 

      Com exceção talvez do Sandero, nenhum hatch compacto é um latifúndio por dentro. Nesse ponto, o Peugeot não desaponta e leva quatro passageiros com cerca de 1,80 m sem espremer pernas ou cabeças, da mesma maneira que os rivais.

      O espaço interno do 208 é razoável; os bancos têm revestimento muito agradável  (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      O entre-eixos é de 2,54 m, enquanto o HB20 tem 2,53 m, o Onix 2,55 m e o Polo, por sua vez, 2,56 m. É o suficiente para as pernas. A largura não é suficiente em nenhum deles para um adulto ir ao centro, no que também não ajudam os túneis centrais elevados. A minha cabeça ficou rente ao teto em todos, porém, meu 1,84 m não serve de referência média.

      O HB20 tem teto elevado e leva bem dois adultos atrás, mas deve saída USB para eles (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      Quem vai atrás pode reclamar ao ver que não há USB para eles, algo que contrasta com a oferta de carregador por indução. O defeito é compartilhado pelo HB20, mas não pelo Onix (duas saídas) e Polo (uma saída). O VW é o único com difusor de ar atrás.

      O banco traseiro do Onix leva bem dois adultos e, de quebra, ainda tem duas saídas USB (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      Quando o assunto é porta-malas, aí que as diferenças se sobressaem. O Peugeot tem dois defeitos: o compartimento leva 265 litros, 20 l a menos que o antigo. E não há rebatimento bipartido do encosto traseiro, algo inexplicável para o seu preço. É um recurso que permite equilibrar melhor o espaço para bagagens e pessoas quando não há lotação máxima. 

      Polo repete o espaço dos rivais, sem muita diferença, e ainda tem saída de ar  (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      O Polo e o HB20 carregam 300 litros. O Onix é o segundo menor e comporta 275 l. Todos têm compartimento de carga com formato aproveitável. Mas a boca do bagageiro do Peugeot é um pouco mais estreita. 

      Acabamento

      É o ponto em que o 208 se afasta dos rivais. O interior é quase o côncavo e o convexo, com reentrâncias e recuos, além de partes que imitam fibra de carbono. Teclas para o acionamento de funções dão aquela cara de 3008 e 5008. O painel digital com duas camadas tem efeito tridimensional que chama atenção assim que alguém entra no carro. O teto de vidro ilumina bem a cabine e sua cobertura não gerou ruídos.

      O interior do 208 está em outro patamar. Bancos, comandos, painel, tudo é mais requintado (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      E o volante oval poderia ter sido fornecido pela Logitech, com aro pequeno e botões bem posicionados. O padrão de revestimentos dos bancos é ótimo, com tecido e Alcantara, aquele tecido que parece mais aveludado que o veludo. Tudo perfeito para dar aquela impressionada.

      Monocromático, o interior marrom do HB20 sempre me leva a algum lugar no passado. Cresci com vários modelos que tinham essa opção. Dá aquela sensação de requinte, mesmo que seja conservador para alguns. 

      Hyundai tem acabamento no tom marrom café (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      O painel tem conta-giros analógico e  tela digital monocromática, ambos de aspecto mais simples que os rivais com quadro totalmente digital — além de ser parecido com o do antigo Onix. Os revestimentos de couro são agradáveis e têm detalhes em azul. E a ergonomia agradece pelo ajuste de altura do banco, agora capaz de levantar o assento inteiro.

      O Onix tem interior com faixa no painel e plásticos predominantemente pretos. Os encaixes e peças são de boa qualidade. Uma faixa emborrachada marrom recobre o painel. O tom também está nos bancos bicolores dianteiros, que incomodam pelos encostos de cabeça integrados. Os de trás não são bicolores, uma opção exótica. O painel é analógico tradicional. Há apenas uma tela monocromática entre os instrumentos. É algo incômodo, uma vez que os rivais apostaram em soluções um pouco diferentes. 

      Faixa emborrachada faz parte da decoração bicolor do Onix; painel é sem graça (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      O Polo não aposta em peças macias e seu visual é um pouco conservador, uma impressão amenizada apenas pela faixa de plástico rígido brilhante que corta o painel e quebra um pouco a mistura de cinza claro com escuro. O quadro de instrumentos digital é o mais colorido e faz bom par com a central multimídia. Fica no mesmo nível do Onix em termos de materiais.

      Os bancos têm apoios laterais pronunciados e seguram suficientemente em curvas. O revestimento de couro sintético bicolor poderia ter um aspecto mais trabalhado. Chama a atenção a falta de alças de mão para os passageiros.

      Painel do Polo deve partes macias e encanta mesmo pelo quadro de instrumentos  (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      Equipamentos

      Falar sobre ar-condicionado, direção assistida e trio elétrico nessa faixa de compactos acima do subsegmento de acesso é desnecessário. Tal como o preço, o patamar de itens de série fica bem acima do senso comum – os de segurança são listados no próximo tópico.

      Painel digital do 208 tem um belo efeito tridimensional (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)
      Central multimídia podia ser a de dez polegadas do europeu (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      Todos têm itens como ar-condicionado digital (não é automático e tem apenas visor eletrônico no Hyundai), direção elétrica, coluna ajustável em altura e profundidade, central multimídia, bancos revestidos de couro, câmera de ré e entrada e partida sem chave. 

      Bem equipado, o 208 traz ar-condicionado digital, bancos de couro, teto solar panorâmico de vidro (exclusivo), câmera traseira de 180 graus (exibe o carro visto por cima nas manobras e o que há na traseira e laterais), faróis de LEDs, entrada e partida sem chave, carregador por indução e central multimídia de sete polegadas – que deveria ser totalmente nova.

      Instrumentos do Onix são os que menos chamam atenção (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)
      Conexão Wi-Fi e OnStar: o Chevrolet é o melhor em conectividade (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      No anterior, havia ar-condicionado de duas zonas. Houve algumas simplificações em relação ao europeu: o freio de estacionamento se tornou manual e a central é menor (o europeu e o e-GT oferecido no Brasil têm tela de 10 polegadas) e o próprio painel tem menos recursos, caso do aquecimento de bancos.

      O Onix também vem recheado e oferece equipamentos exclusivos. O destaque vai para o sistema de baliza automática Easy Park. A tecnologia encaixa o carro em vagas paralelas ou perpendiculares sem a necessidade do motorista usar o volante. E exige sensores dianteiros, algo trazido também pelo Polo. 

      Os instrumentos do HB20 combinam analógico e digital (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)
      Central multimídia do HB20 deve apenas gráficos mais atraentes (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      O Wi-Fi é digno de nota. O acesso é oferecido pela operadora Claro (pacotes de dados pagos à parte) e oferece conexão simultânea para até sete dispositivos. Testado e aprovado com louvor. A conectividade é completada ainda pelo assistente OnStar. O recurso chama socorro automaticamente em caso de batidas, pode ser usado para localizar o veículo, entre outras facilidades. O MyLink encanta como central multimídia, com gráficos atraentes. Só poderia ter um pouco mais do que sete polegadas.

      Em terceiro, o HB20 perde pontos por oferecer um ar-condicionado mais simples. A central multimídia não é repleta de cores, algo que somente o Polo e Onix oferecem. Há retrovisores com rebatimento elétrico, sensor de estacionamento traseiro e câmera de ré. A central de 7” também deve gráficos mais refinados, embora tenha utilização fácil.

      O painel digital do Polo tem bons gráficos e definições. Apenas o do Peugeot é mais bacana (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)
      Central multimídia ainda é das boas, porém deveria ter sido substituída pela do Nivus (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      Mesmo que não tenha alguns itens de segurança dos rivais, o nível de equipamentos de conforto do Polo é compatível em outros quesitos. A central multimídia não é a mesma que foi lançada pelo Nivus, uma falha que poderia ter sido resolvida já na linha 2021. A despeito disso, a tela é das boas. Há ícones coloridos e o uso é descomplicado, com conexão rápida do celular. Poderia ter vidros um-toque (não exigem que você fique segurando para subir e descer) também na traseira, só há na dianteira – os demais têm essa comodidade para as quatro janelas.
         
      Segurança

      Controles de tração e estabilidade com assistente de partida em rampa são de série em todos. O que mudam são outros itens de segurança.

      O 208 Griffe tem um pacote de segurança ativa normalmente não oferecidos em carros abaixo de R$ 100 mil. É o chamado Advanced Driver Assistance System (ADAS). Há auxílio de manutenção de faixa com correções do volante, detector de fadiga, frenagem automática e sensores de ponto cego. Eles emitem avisos sonoro e visuais no painel.

      Só não posso chamá-lo de mini Volvo porque não tem controle de cruzeiro adaptativo, entretanto, seria algo que o tornaria inviável em termos de preço. Caso o seu negócio seja segurança ativa, aqui não há dúvida.

      Hyundai HB20 Latin NCap (Foto: Divulgação)

      Com sensor de ponto cego, o Onix também tem uma dose extra de vigilância, entretanto, cobra R$ 3.020 por esse item em um pack. O HB20 tem a frenagem automática e alerta de mudança de faixas, mas sem correções. Nada disso está disponível no Polo, por mais que o pacote avançado esteja disponível na Europa.

      Há seis airbags (frontais, laterais dianteiros e do tipo cortina), presentes no Onix e 208. O VW tem airbags laterais (protegem torso e cabeça) e o HB20, idem, mas seus sidebags não são tão grandes e se concentram na proteção ao tórax.

      Volkswagen Polo no crash test de poste do Latin NCAP (Foto: Divulgação)

      Porém, é necessário levar em consideração os testes do Latin NCAP. O 208 ainda não passou pela bateria de impactos do instituto. Já o Onix conseguiu cinco estrelas para adultos e crianças. O HB20 ficou com quatro estrelas na primeira prova e três na segunda. O Polo foi testado por um protocolo antigo e gabaritou o teste, todavia não sabemos como seria o seu resultado se fosse submetido aos parâmetros mais rígidos.

      Conclusão

      O 208 Griffe não leva a melhor. Embora tenha um pacote mais completo de itens de segurança e itens interessantes, leva a pior em preço e desempenho. Por mais que o plano de recompra seja atraente e as prestações relativamente acessíveis, o fato é que o carro se encaixou em uma proposta premium que o deixa distante de muitos rivais., incluindo aí os que não seriam concorrentes tão diretos nas suas versões de entrada. É o caso dos hatches com opção 1.0 ou 1.6 mais em conta, mas que ficam próximos em preço e proposta quando comparados ao Peugeot nas configurações top de linha.

      O Peugeot 208 Griffe foi penalizado pelo preço, mesmo que seu conteúdo seja bom (Foto: Fábio Aro/Autoesporte)

      Pelo preço, a escolha é o Onix Premier. Ele conjuga itens de segurança importantes, tem desempenho bom para a classe (embora seja o turbinado mais “lento”), consumo baixo e sai por bem menos que o 208 Griffe.

      O HB20 Diamond Plus vai bem em vários quesitos e tem garantia de cinco anos. É uma das compras mais racionais do segmento. Por sua vez, o Polo Highline continua a ser caro pelos itens oferecidos, embora seja um belo carro. Se a diferença para o GTS (R$ 107.190) fosse menor, acho que eu recomendaria ele. 

      Não há dúvida que o novo modelo da Peugeot é evoluído e tem jeito muito mais arrojado e moderninho do que todos seus rivais. E pode ser o seu tamanho, desde que você tenha condições ou fique apaixonado pelo design. 

      Agradecemos ao pessoal do Espaço Cantareira pelo local das fotos. Telefones: 11-485-0423/4485-2577. http://www.espacocantareira.com.br.

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