Clube do Gol › Fóruns › Notícias Automotivas › Teste: Honda WR-V recebe retoques leves e controle de estabilidade, o problema é o Volkswagen Nivus – AUTO ESPORTE
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03/10/2020 às 21:33 #1010640137
Com a febre mundial dos SUVs, parece que todos os veículos vêm sendo preparados para entrar no segmento. Compactos, hatches e até sedãs buscam se enquadrar nas estatísticas determinadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para fazer parte da categoria. Compre você ou não essa ideia, temos mais um representante entre os “wannabes SUVs” que acaba de chegar à versão 2021, com o devido facelift e alguns equipamentos extras: o Honda WR-V. Apesar do claro perfil de monovolume do modelo — afinal, é derivado do Fit —, ele acaba sendo classificado no segmento por ter suspensão elevada, capô mais alto, estribos no teto e para-choques mais robustos.
As mudanças foram discretas, deixando o modelo quase idêntico à versão reestilizada apresentada na Índia há alguns meses. Isso porque o aventureiro não mudará de geração acompanhando o Fit, que será totalmente renovado no ano que vem no Brasil, onde será oferecido até com motorização híbrida.
Na dianteira, a barra cromada que liga os faróis ficou mais fina e retilínea, já a grade passou a ter filetes horizontais — antes eram em padrão colmeia. Na traseira, um novo para-choque 6,7 cm mais comprido dá a impressão de maior robustez. A barra cromada sobre a placa agora é da cor da carroceria.
Mas mais importante que as diferenças estéticas são as novidades entre os equipamentos de segurança. Agora o WR-V recebe itens esperados há tempos, uma vez que o Fit já contava com eles, como controles de estabilidade e de tração (ESP) com assistente de partida em rampa (HSA), luz de frenagem de emergência e monitoramento de pressão dos pneus (TPMS) para todas as versões — inclusive a nova opção de entrada LX. Essa, porém, não virá com faróis de LED com nova disposição de luzes, nem com LED nos faróis de neblina.
Mas por R$ 83.400, a LX já tem boa lista de série, com direção elétrica, volante com ajustes de altura e profundidade, trio elétrico, sistema de áudio com tela de 5”, câmera de ré e rodas de liga leve aro 16. A versão foi criada para dar mais competitividade ao WR-V, que sempre foi considerado caro para o que oferece: a EX agora parte de R$ 90.300 e a EXL, de R$ 94.700, aumento de R$ 2.110 em ambas. Esta última briga com o Volkswagen Nivus Highline, mas não é tão equipada quanto o rival.
O problema reside justamente no rival. O VW seguiu em parte o caminho trilhado pelo WR-V. Enquanto o Honda tomou o Fit como base, o Nivus também surgiu com base em um hatch: o Polo. Mas parece ter sido mais feliz na proposta de ser um crossover assumido, sem preocupação com as classificações do Inmetro. Além disso, sua versão Comfortline (confira o teste) vem com bom pacote de série e custa R$ 87.350. Por sua vez, o Highline é mais caro que o Honda (R$ 99.950), entretanto compensa pelo motor turbo e por itens de segurança, sendo o principal o controle de cruzeiro adaptativo integrado com frenagem automática.
A EX tem ainda quatro airbags, lanternas de LED, central multimídia com tela de 7” e conectividade com Apple CarPlay e Android Auto (não tão intuitiva, diga-se), ar-condicionado digital, borboletas para trocas de marchas, rodas com acabamento escurecido e sensor de estacionamento traseiro. Já a EXL conta com seis airbags, retrovisores com rebatimento elétrico, GPS, bancos de couro e sensor dianteiro. Contudo, ficam de fora itens como teto solar e chave presencial, por exemplo.
As faltas são compensadas pelo espaço interno generoso e pelo bom e conhecido conjunto mecânico formado pelo motor 1.5 aspirado de 116 cv e pelo câmbio CVT. O carro é macio de dirigir, mas é preciso cautela nas curvas mais rápidas, mesmo ele tendo agora o ESP.
O CVT dá umas engasgadas quando forçado, mas as trocas feitas nos paddle shifts resolvem bem o problema. O que mais incomoda, porém, é o grito do motor nas acelerações bruscas, já que potência e torque são entregues em giros mais altos, colocando em cheque o isolamento não tão eficiente.
É um carrinho confortável e bom de guiar, especialmente para quem roda na cidade. Há concorrentes mais baratos e com mais jeitão de SUV por aí, mas a mecânica japonesa certamente dará menos dores de cabeça.
FICHA TÉCNICA
Motor: Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 1.5, 16V, flex
Potência: 116 cv a 6.000 rpm (E)/115 cv a 6.600 rpm (G)
Torque: 15,3/15,2 kgfm a 4.800 rpm
Câmbio: CVT, tração dianteira
Direção: Elétrica, diâmetro de giro de 10,6 m
Suspensão: Independente, MacPherson (diant.) e eixo de torção (tras.)
Freios: Discos ventilados (diant.)/ tambores (tras.)
Pneus: 195/60 R16
Tanque: 45,3 litros
Porta-malas: 363 litros (fabricante)
Peso: 1.138 kg
Central multimídia: 7 pol., sensível ao toque
Garantia: 3 anosDimensões
Compr.: 4,07 m
Largura: 2,08 m
Altura: 1,60 m
Entre-eixos: 2,55 mQuer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
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