Menu fechado

Teste: Volkswagen Jetta GLI é um Golf GTI mais macio e com porta-malas maior – AUTO ESPORTE

Clube do Gol Fóruns Notícias Automotivas Teste: Volkswagen Jetta GLI é um Golf GTI mais macio e com porta-malas maior – AUTO ESPORTE

  • Este tópico contém 2 respostas, 2 vozes e foi atualizado pela última vez 4 anos, 10 meses atrás por ClubedoGol.
Visualizando 1 post (de 1 do total)
  • Autor
    Posts
  • #32388
    ClubedoGolClubedoGol
    Mestre

      Volkswagen Jetta GLI 350 TSI (Foto: Marcos Camargo)

      A sigla GTI há décadas carrega de magia as linhas Golf e Polo, seja por ter uma estética envolvente e cheia de detalhes marcantes, seja pelo desempenho capaz de embriagar. Com o hatch médio próximo de trocar de geração (e a variante descartada para o Polo no Brasil), agora é o novo Jetta que recorre aos poderes mágicos. A Volkswagen traz pela primeira vez a versão GLI, uma prima de primeiro grau da GTI. A mecânica é rigorosamente a mesma do médio: motor 2.0 turbo e câmbio DSG de dupla embreagem e seis marchas. O preço: R$ 145 mil.

      Tal como Golf e Polo GTI, o Jetta GLI é distinto aos olhos: dá para ver de longe o sedã esportivo se aproximando. Os faróis trazem dois canhões de LED com controle automático dos fachos e luzes diurnas que contornam os conjuntos. A assinatura é outra em relação às versões com motor 1.4 turbo flex. Grade e para-choques reforçam o visual mais insinuante, que também é realçado pelo característico filete vermelho. Já as rodas de aro 18 com pneus mais largos e baixos (225/45) deixam as pinças vermelhas à mostra.

      Volkswagen Jetta GLI 350 TSI - Traseira do Jetta GLI pode ser facilmente reconhecida pelas saídas de escape esportivas (Foto: Marcos Camargo)

      Na traseira, o design novamente confirma que se trata de outro Jetta. A despeito das lanternas idênticas, a tampa carrega um singelo aerofólio e o para-choque ostenta uma saia aerodinâmica e duas vistosas ponteiras, uma de cada lado. Detalhe curioso é a ausência do nome do sedã. A Volkswagen vai tratar o modelo (que substitui o antigo Highline) apenas pela sigla GLI, vista nos emblemas dos para-lamas frontais e na tampa do porta–malas. A fórmula é exatamente a mesma dos GTI, inclusive na cabine.

      Por dentro, o GLI copia mais uma vez o Golf e traz um volante de base reta e aro mais grosso, com encaixe anatômico para as mãos. Junto dele ficam os paddle-shifts, que infelizmente foram ignorados nas versões 1.4 TSI — o que criticamos desde o lançamento da atual geração, no fim de 2018. Os bancos mais esportivos possuem abas maiores e ajuste elétrico para o motorista, outro item restrito ao GLI. Já o revestimento é de couro perfurado com costura pespontada vermelha (não tem a icônica opção xadrez dos GTI).

      Volkswagen Jetta GLI 350 TSI (Foto: Marcos Camargo)

      De resto, o GLI é quase igual ao restante da gama do Jetta. A diferença fica por conta de alguns recursos adicionais. Os mais relevantes são a função Auto Hold, que mantém o freio eletrônico acionado em paradas curtas, e os alto-falantes da marca Beats. O quadro de instrumentos tem a tela de 10 polegadas configurável do Jetta R-Line (também presente no Polo e no Virtus). A multimídia de oito polegadas com GPS e as interfaces Android Auto e CarPlay também é igual. Há duas portas USB, e os únicos opcionais são o teto solar (R$ 4.990) e a pintura cinza chumbo (R$ 1.500), inédita no Brasil — por isso foi escolhida como a cor de lançamento.

      Volkswagen Jetta GLI (Foto: Marcos Camargo/Autoesporte)

      Por se tratar de um modelo diferenciado, a Volkswagen poderia ter adicionado saídas de ventilação e entradas USB extras para os passageiros do banco traseiro. Afinal, o Jetta é um carro mais familiar. Por sinal, essa é a tônica ao volante. O GLI tem o mesmo poder de fogo do Golf GTI. O motor 2.0 a gasolina gera 230 cv e um torque viril de 35,7 kgfm disponíveis já a 1.500 giros. O câmbio de dupla embreagem dá um ritmo ágil e faz o sedã alcançar os 100 km/h em rápidos 6,6 segundos — só 2 décimos atrás do Golf.

      Volkswagen Jetta GLI (Foto: Marcos Camargo/Autoesporte)

      Entretanto, o hatch tem um ajuste diferente. É mais firme e tem a direção ainda mais direta. O GLI segue a receita de suspensão traseira do GTI, com braços múltiplos no lugar do eixo de torção das versões 1.4. Porém, o Jetta é mais macio no geral. O volante não chega a ser mais pesado, como em um modelo “preparado”. De toda forma, a sensação de arrancada é claramente mais forte que nas versões 250 TSI, o que é comprovado pelos números obtidos na pista. O R-Line, por exemplo, precisou de 8,6 segundos no zero a 100 km/h.

      Volkswagen Jetta GLI (Foto: Marcos Camargo/Autoesporte)

      A distância entre as versões 1.4 e 2.0 turbo fica mais expressiva nas retomadas e frenagens. Isso, claro, porque o GLI usa discos maiores nas quatro rodas. A clássica recuperação de 60 km/h a 100 km/h, por exemplo, leva 3,7 segundos no R-Line e 2,8 segundos no GLI — quase um segundo a menos. Já para estancar a 80 km/h, a variante esportiva precisou de 24,7 metros, contra 25,8 metros do R-Line.

      Volkswagen Jetta GLI (Foto: Marcos Camargo/Autoesporte)

      Contudo, se a comparação for com o Golf GTI, o Jetta GLI perde em todas as aferições, o que era, de certo modo, previsível. Afinal, o sedã  tem a mesma plataforma MQB com 61 kg a mais. Porém, as diferenças foram sempre de décimos ou centímetros. E com a vantagem de, justamente, ter um porta-malas tamanho família: são 510 litros no Jetta ante 338 litros no Golf.

      Volkswagen Jetta GLI (Foto: Marcos Camargo/Autoesporte)

      Talvez essa proximidade de desempenho entre os primos caia por terra quando a Volkswagen lançar a oitava geração do hatch, no segundo semestre. Mas enquanto o novo Golf não vem, o Jetta GLI chega para ser a opção esportiva mais moderna e indicada aos papais e mamães que gostam de acelerar. O preço de R$ 144.990 o coloca no patamar do Passat, um sedã de categoria superior. No entanto, o GLI traz para o Jetta a aura encantadora dos GTI — algo que os rivais turbinados, como Honda Civic e Chevrolet Cruze, não possuem. Mesmo que tenham outras siglas.

      TESTE

      Aceleração
      0 – 100 km/h: 6,6 s
      0 – 400 m: 14,7 s
      0 – 1.000 m: 26,3 s
      Vel. a 1.000 m: 207,3 km/h
      Vel. real a 100 km/h: 97 km/h

      Retomada
      40-80 km/h (Drive): 2,8 s
      60-100 km/h (D): 3,3 s
      80-120 km/h (D): 3,9 s

      Frenagem
      100 – 0 km/h: 38,5 m
      80 – 0 km/h: 24,7 m
      60 – 0 km/h: 13,9 m

      FICHA TÉCNICA

      Motor
      Dianteiro, transversal, 4 cil. em linha, 2.0, 16V, comando duplo variável, turbo, injeção direta de gasolina

      Potência
      230 cv a 4.700 rpm

      Torque
      35,7 kgfm a 1.500 rpm

      Câmbio
      Automático de dupla embreagem e 6 marchas; tração dianteira

      Direção
      Elétrica

      Suspensão
      Indep. McPherson (diant.) e Multilink (tras.)

      Freios
      Discos ventilados (diant.) e discos sólidos (tras.)

      Pneus e rodas
      225/45 R18 (diant. e tras.)

      Dimensões
      Comprimento: 4,71 metros
      Largura: 1,80 metros
      Altura: 1,47 metros
      Entre-eixos: 2,68 metros

      Tanque de combustível
      50 litros

      Porta-malas
      510 litros (Fabricante)

      Peso
      1.432 kg

      Central multimídia
      8 pol., sensível ao toque; Android Auto e CarPlay

      Garantia
      3 anos

      Cesta de peças**
      R$ 12.516

      Seguro
      N/D

      Revisões
      10 mil km: R$ Grátis
      20 mil km: R$ Grátis
      30 mil km: R$ Grátis

      **Retrovisor direito, farol direito, parachoque dianteiro, lanterna traseira direita, filtro de ar (elemento), filtro de ar do motor, jogo de quatro amortecedores, pastilhas de freio dianteiras, filtro de óleo do motor e filtro de combustível.



      Reportagem no site

    Visualizando 1 post (de 1 do total)
    • Você deve fazer login para responder a este tópico.